Há um brilho reluzente que se reflecte no olhar. Um brilho que se propaga pelo corpo em laivos cintilantes de purpurinas. É o brilho que emana do meu íntimo depois de se ter achado e perdido no teu. São missangas coloridas que se assemelham a pequenos sóis e cambaleiam em carrosséis de lembranças e imagens de dois corpos sofregamente entregues ao prazer de se molharem, de em fúria se introduzirem um no outro, de deslizarem em jorros de puro de-leite, de em satisfação absoluta jazerem inertes, ofegantes e palpitantes. Sorrindo um sorriso que lhes vem da alma, se transforma em cumplicidade escrita e imortalizada a bâton vermelho no espelho que os reflecte.
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