Tenho a demência de ti
Padeço dela no imaginário do que sou
Carrego nos ombros o peso do que senti
Quando do teu abraço a vida me privou
Tenho a demência de ti
No corpo que sente o que se faz urgente
Da costela de onde me ergui
Que tão amiúde me mente
Tenho a demência de ti
Padeço dela na secura dos dias
Quando por mais que o que me sorri
Apenas me garante que já o sabias
Tenho a demência de ti
Enterrada no corpo desfeito
Do rasgar do desejo de que me vesti
E que não vejo jamais satisfeito
Tenho a demência de ti
Agarrada no gemer, no arfar, no respirar
Nos pulmões aflitos que não sucumbi
De te querer assim, sem sossegar.
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