De olhos fechados, elas degustavam cada sabor misturado num momento único, num prazer assoberbado e numa entrega de corpos e vontades. Ele, preso no tempo e envergando um sorriso de indelével agrado, imortalizava na memória a beleza de uma partilha que há instantes tinha sido dele também e da qual agora era mero espectador. Sorria porque sentia ainda os pequenos espasmos e o palpitar do coração acelerado ao mesmo tempo que se deliciava com a continuação do seu prazer agora espalhado por elas. Elas que haviam de tudo feito para nada lhe faltar, para tudo lhe oferecer e que em simultâneo se saciavam mutuamente. Elas que a tudo se permitiram, a tudo se entregaram e colheram a recompensa do prazer partilhado, do prazer repartido.
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