Gota a gota, é em ti que mato a sede. É em ti que expurgo a secura dos dias, a aridez do corpo. Um corpo desabitado, ermo e solitário que apenas ganha vida quando tu habitas nele e nele te fazes seu.
Gota a gota, é de ti que bebo a plenitude. É em ti que vertiginosamente e numa cascata de emoções, reponho a energia que me foge quando aqui não estás.
Gota a gota, é em ti que provo o mais puro dos sabores. O sabor a ti, o sabor a instinto, o sabor que mal me toca na ponta da língua me recorda o que tão bem sei.
Gota a gota, é de ti que absorvo em cada veia, em cada textura, em cada lamber, um pedaço de vida, um raiar de prazer.
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