Tenho em mim o gene da loucura. Carrego nos ombros o peso do insaciável, do constante desejo de me sentir preenchida, completa, da eterna sedução. O mundano parece sempre pequeno quando comparado ao poder da entrega, ao fugir da noção da realidade, ao passar do tempo, ao soltar das amarras da vida que levamos aparte do desejo, da paixão.
Tenho em mim o gene do amor. Amo os corpos estropiados pelo sexo, as sombras furtivas dos movimentos desenhados por investidas soberanas. Amo os corpos imbuídos do prazer e do odor característico que emana da pele dos amantes. Amo os corpos perdidos na mais espontânea partilha, desprovidos de porquê, apenas justificados pelo desejo e volúpia.
"Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade."
Edgar Allan Poe
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