Transporto-me na senda das imagens que guardo de nós. O nó que sinto na barriga impõe-se gélido e hirto chegando a provocar dor física tal a sua força. Tento desfazê-lo, procurando no âmago das minhas forças uma réstia de energia que me permita fechar os olhos e acordar junto a ti. É em vão, sei-o bem. Aquele nó doentio permanece subrepticiamente agonizando-me as entranhas, queimando-me cada molécula do ser e amachucando em despojos negros os pedaços de mim que um dia te entreguei para guardares contigo.
Transporto-me na senda das imagens que guardo de nós. Vejo-me, como invariavelmente me vejo, perdida nos teus braços, entregue ao prazer de te-me dar toda, de te sentir rasgar-me o corpo e oferecendo-me o teu em toda a sua imponência. Bebo-te a essência, não deixando gota perdida. Lambo-te a pele, não deixando um milímetro por provar. Abraço-te o desejo, não deixando uma vontade por satisfazer.
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