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Oh Sweet Idleness



Sentiu-se um silêncio ensurdecedor. Ambas proferiam palavras mas nenhuma se encontrava em condições de as entender. Ambas sabiam que estavam prestes a cometer uma loucura e sorriam nervosamente. Perdidas por entre um copo de vinho e comida que mal conseguiam saborear, o diálogo pouco importava. Deram por si em frente ao espelho da casa-de-banho. Cúmplices. Olhavam-se mutuamente. Mantinha-se sempre a um passo atrás dela como se a quisesse apreciar por trás, como se quisesse avaliar o que iria ter em mãos daí a instantes. Entraram para o último compartimento do lado direito. Mal a porta se fechou, ela lançou-se-lhe aos lábios. Sedenta de a beijar, de a trincar, de a molhar, num transe intenso. Notava-se que a razão já tinha abandonado aquele corpo há algum tempo e, naquele momento, queria aproveitar ao máximo e durante o máximo tempo possível. As mãos dela, instintivamente, começaram a procurar pele por debaixo da roupa. Primeiro, as costas. Depois, os seios. Apalpou, massajou, apertou. Tentou desapertar as suas calças e aceder também à textura da sua pele. Mas ela não deixava. Ela queria-a. Queria-a dominar. E subjugava-a. Lançou-se sobre os seus seios. Ora um, ora outro, chupava, trincava, puxava, lambia. Ela, de cima, contemplava. E não acreditava que aquilo estava  a acontecer, num local público, com pessoas no compartimento ao lado e a entrarem e saírem no quotidiano das suas vidas. Sem hesitar, meteu a mão por dentro das suas cuequinhas, sem nunca separar os lábios dos seus seios. Primeiro, afastou-lhe as pernas. A sua mão precisava de espaço para se mexer e ela ordenou-lhe com um simples toque. Acedeu. Massajou suavemente, mais rápido depois. Masturbou-a intensamente. Estava completamente fora de si e perdeu a força nas pernas no momento em que decide entrar nela. Ao mesmo tempo que o fez, trincou-lhe corajosamente o mamilo. Riu, suspirou, gemeu, arfou. Hipnotizadas, sem noção do lugar onde se encontravam, sedentas de prazer, foram chamadas à realidade. Sentiram o risco de serem apanhadas e foram obrigadas a abandonar os seus intentos. 
"Parece-me que te fiquei a dever um."
"Parece que sim...Logo tratamos disso!"

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