Começa com uma ideia. Um simples recordar, uma imagem de um momento, um sentir de uma mão invisível pelo corpo que se acha agora sozinho. Sente-se um formigueiro, um aumentar da sensibilidade, um querer suave e paulatino. Consubstanciamos na ponta dos dedos o desejo que queremos sentir e decidimos testar a vontade. Tocamos ao de leve. Sabe bem. Sabe tão bem. Damos conta que queremos mais. Só mais um pouco. Fechamos os olhos, ajeitamo-nos na cama, rodopiamos sobre o próprio corpo procurando o melhor enlace. Procuramos com impressões digitais vincadas, o ponto de prazer e massajamos os lábios escorregadios. Encontramos o fio da memória que nos há-de conduzir à explosão desejada. Percorremos-lhe os segundos, prolongando os pequenos palpitares de prazer que já nos habituámos a oferecer na solidão dos dias. Sabe bem. Sabe tão bem. Decidimos que queremos mais. Só mais um pouco. Queremos sentir o perfeito saciar, o preencher do corpo. Buscamos ajuda, enterramo-la bem fundo enquanto os dedos preguiçosos da outra mão se decidem a participar. O entra e sai alia-se ao gemido que soltamos a cada investida que controlamos ao nosso ritmo. Sabe bem, sabe tão bem. Enjeitamos a memória, sentimos o cheiro do nosso corpo a emanar o orgasmo que pedimos. Sorrimos, gloriosas. Sabe bem. Sabe tão bem.
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(Ela) tem Caprichos Matinais
» (Ela) tem caprichos Matinais XC
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