O perigo é constante e eminente. Não há volta a dar, não há forma de contornar as variáveis do mundo dos sentimentos. Assim que encetamos um caminho, assim que tomamos uma decisão, vinculamo-nos a receber e arcar com as consequências que dos nossos actos advierem. Causa-Consequência, não existem dúvidas aqui. A única ponderação existe numa fase preparatória: ponderamos os prós e os contras, ajustamos as vantagens às desvantagens, acabamos por valorizar as primeiras e desvalorizar as segundas. Costumo dizer que somos animais de instinto, primitivos, de um querer que nos vem de dentro do peito e se extravaza em acções tendentes ao precipício. A Lei de Murphy é dos melhores exemplos deste paradigma ao dizer que "o que tiver de correr mal, correrá". Mas, vendo do prisma oposto, o que tiver de correr bem, também correrá. Por isso, mesmo que de sobreaviso, mesmo que já calejados, mesmo que já esmagados pela força de um passado, arriscar é sempre e sem dúvida a melhor opção. Porque ao fazê-lo, arriscamo-nos a ser felizes, arriscamo-nos a viver intensamente, arriscamo-nos a retirar prazer da vida e do que ela nos proporciona, arriscamo-nos a encontrar uma alma que nos complete e um corpo que nos preencha do maior desejo, do maior prazer.
Por isso pergunto, quem não quer ser feliz?
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