Era na ponta dos dedos. Era em cada pequeno contacto das suas epiteliais com aquela pele que lhe transformava o rosto sombrio e bafiento em sorrisos de contentamento. Era em cada deslizar suave mas ávido das suas mãos que o queriam abarcar todo, fazê-lo seu, sempre. Era no sabor do beijo. Era em cada pequeno toque dos lábios secos e áridos nos lábios que lhe devolviam a virtude em lamberes de deslumbramento. Era na destreza da língua. Era em cada pequeno movimento estudado e ainda assim espontâneo, guiado pelos gemidos que lhe ecoavam na mente e a estimulavam a prosseguir. Era em cada chupar guloso e desesperado por se alimentar. Era na intromissão do seu membro no espaço que era dela. Era em cada investida que lhe deformava o rosto do prazer que sentia sempre que o sentia entrar e sair, para só a abandonar quando ambos recebessem os despojos um do outro. Era no olhar. Era no fitar dos olhos que conectados pela invisibilidade da paixão se rendiam ao sonho que deles transparecia e onde se sentiam inevitavelmente unidos. Era no suspirar. Era no suspiro final que marcava o inicio do descanso dos corpos que minutos antes se cansavam para se saciar trabalhando-se mutuamente. Era no sorriso. Era no ternurento sorriso e incondicional abraço onde repousavam a ganância de se quererem sempre, sempre mais.
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The D(E)vil is in the smallest details
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