Sentia-se arrebatada pelo instinto, sempre e em toda a parte. Vivia consumida pelo desejo que lhe florescia na pele como que implorando para ser saciada. Deixava-se dominar pelas paixões, deixava-se embrenhar nos apelos do corpo que não lhe davam o descanso prometido após uma longa viagem. Sentia-se atraída pelos prazeres carnais, em todas as suas formas, em todos os seus mais animalescos vectores, incitando a libido ao comportamento desmedido do insaciável. Procurava, incontrolável, satisfazer a lascívia que sentia surgir no íntimo do seu ser, ambicionando provar tudo, experimentar tudo, não deixar um sabor por degustar, um corpo por profanar, uma pele por lamber, um líquido por saborear, um grito por calar. Sucumbia à libertinagem, ao sexo despudorado, ao roçar das carnes, ao ímpeto do desejo e da concupiscência. Vadiava, fornicava, fodia, consumia, gozava, numa masturbação desregrada, egoísta e insaciável do seu corpo e dos que lhe eram oferecidos para fruir. Excessiva, decadente, passional, erótica, sensual, consumava o desejo e a satisfação numa pérfida mas absolutamente inegável luxúria.
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