Demorou-se nele e tratou-o. Como uma obrigação, como um dever, com a dedicação de uma missão, de um acto que lhe estava como que incumbido por natureza. Pegou-o nas mãos e acariciou-o, elevou-o, enrijeceu-o, levou-o à forma e tamanho ideais para o poder trabalhar como ele merecia e como ela sabia e gostava. Hirto e duro, humedeceu-o e salivou-o, preparando-o para melhor lhe poder tomar o gosto, para melhor o fazer deslizar por entre as suas mãos, para melhor lhe poder abarcar a forma em toda a sua plenitude. Abocanhou-o corajosa, sem pudores ou eufemismos, e engoliu-o de um golpe só, sentindo-o roçar-lhe a garganta, tocar-lhe no fundo, e suavemente invertendo o movimento, soltando-o de novo. Encetou um compasso de movimentos ritmados, um entra e sai a seu gosto e ao som dos gemidos que ele soltava mais amiúde, trabalhando-o com a língua que serpenteante lhe lambia cada centímetro e lhe testava a forma e lhe provava o sabor que soltava de excitação. Demorou-se nele e tratou-o. Dedicou-se sem tempo, sem fim à vista, sem almejar um resultado, apenas usufruindo e saboreando cada momento, absorvendo cada pedaço de prazer que lhe dava a sentir, interiorizando cada gemido e cada estremecer, cada espasmo e cada contorcer, deliciando-se com o que lhe fazia sentir e que se reflectia também nela, espalhando a semente da volúpia pelo seu corpo e deixando-a tão húmida quanto a sua boca que transbordava dele.
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