Submerjo. Sustenho a respiração na esperança de que assim me consiga manter em ti, no mundo que é nosso, no prazer que me dás, nas ondas do deleite que o teu sabor me provoca. Resguardo-me na liquidez dos momentos a que quando submersos em nós nos entregamos. Emerjo. Apenas o suficiente para renovar o ar que me é vital, para aspirar da realidade o que me permite manter no sonho que somos e permanecer incólume às agressões do outro mundo que odiamos. Submerjo e emerjo. Dia após dia, num movimento orgânico e ensaiado, num cataclismo cego, num vão entra e sai que apesar dos esforços, apenas me mantém à tona d'água.
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